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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Efêmero

Quem me conhece sabe que os últimos cinco meses não foram nada fáceis pra mim. Posso enumerar uma lista bem extensa de itens que deram errado, de sonhos e ilusões que ruíram. De perdas, grandes e pequenas. É claro que um montão de coisas boas aconteceram, mas eu aprendi o valor do efêmero, como nunca.

Palavra engraçada. Viver é engraçado. 

Meu namoro de sete anos acabou, de um jeito tão, mas tão esdrúxulo, que às vezes dá até vontade de rir. Todas as sensações de fracasso vieram, todos os estágios de luto e dor. Passou, está passando, vai passar. Tudo vai. Pessoas se tornaram extremamente importantes pra mim, de uma forma que eu nem sei processar demais senão perde a graça. Aprendi que é preciso abrir nossas tão faladas asas e voar, por vontade, por tesão pelas coisas, por querer tudo diferente. 

Ontem a Lily morreu, uma das nossas gatinhas. Foi como pisar num degrau em falso e sentir que o coração parou por um milésimo de segundo. Assim. Toda a família aos prantos, e eu tentando segurar a onda porque o trabalho me consome; passo bem mais de oito horas ligado nele, e ele é minha atual fonte de concentração. 

Agora estou aqui ouvindo Karen Elson e arrumando malas, com ajuda da Pan, essa rajadinha aí que é minha cara-metade de bigodes, como diria a Bia Levischi

Bagunça master antes de viajar.

Eu só consigo, nesse momento, pensar na vida que eu levava, e que, mesmo que ela tenha se estendido por sete longos anos, que uma hora as coisas se acabam e outras muito novas e especiais começam. Que eu tenho coisas brilhantes pela frente. Mas que o caminho é extenso. Piegas? indeed.

Até a volta.