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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Três filmes sobre: biografias musicais

E não é que eu consegui dar continuidade a uma tag aqui no bloguinho? #TrêsFilmesSobre virou puro sucesso! vamos pra próxima?

Ando assistindo bastante biografias musicais. É muito legal e dá inclusive uma emoçãozinha quando você é fã de um determinado artista e transformam a história dele em música de uma forma bacana, pelo menos eu gosto (quando o filme é muito bom), porque geralmente as trilhas sonoras são caprichadas demais, de um jeito espantoso. Por isso separei três pra quem quiser se aventurar numa sessão musical de cinema nesse fim de semana. Pra assistir com os ouvidos. 

1. Cadillac Records (pt. Cadillac Records).

Um amigo meu punk dazantiga, apaixonado por blues, me recomendou muito esse filme lançado em 2008. E a história em si é muito bacana, assim como as influências musicais, mas que soa muito mais como homenagem do que como uma biografia super fiel. O cenário é a Chicago de 1947, onde o produtor musical Leonard Chess cria a Chess Records, após descobrir o talentoso cantor e guitarrista de blues Muddy Water. 

Sua gravadora torna-se referência no blues e jazz, em um momento em que as rádios tinham uma barreira gigantesca pra tocar música feita por negros. A marca de Chess é o cadillac que todo artista ganha. Um desfile de rostos, vozes e timbres conhecidos nos ganha: vemos o lendário Chuck Berry em começo de carreira. Etta James (impressionantemente interpretada pela cantora Beyoncé) é talvez a única mulher marcante na Chess Records. O filme fala de preconceito, da luta negra na música e principalmente do poder do blues. 

Porque assistir: o mundo Chess Records é sedutor. Quando os artistas estão ali, reunidos, dá pra imaginar como era efervescente a cena musical naqueles tempos. O ar vintage também dá um ar charmoso pra história. 




2. La vie en rose (pt. Piaf: Um hino ao amor).

Biografia visceral de 2007 da cantora francesa Édith Piaf (Marion Cotillard). Pra quem não conhece, Piaf é a intérprete das famosas canções "La Vie En Rose" e "Non, je ne regrette rien", descoberta cantando nas ruas de Paris. O filme narra a trajetória completa dela, desde a infância dura (marcada por uma cegueira misteriosa que se curou milagrosamente), até a alçada para a fama, a perda do grande amor (uma das cenas mais difíceis), da única filha, suas influências musicais e a vida nos palcos. Piaf morreu como viveu: em um turbilhão de sentimentos musicais, que se desenrola em emoções trágicas, viscerais, sofridas. 

Porque assistir: A atriz francesa Marion Cotillard embarcou tanto na personagem que a semelhança é impecável (trabalho também realizado pelo figurino e maquiagem do filme). Também por isso recebeu uma porção de indicações do BAFTA e do Oscar. E toda vez que a atriz interpreta Piaf cantando, as músicas são originais, cantadas pela própria Piaf. Em resumo: a interpretação caprichada de Marion é de chorar de emoção. 




3. Walk the Line (pt. Johnny e June). 

Johnny Cash, o "homem de preto", destoava de todos os cantores e artistas da época. Quando ele subia no palco, semblantes se convertiam no seu humor tempestuoso. Ele tinha problemas que iam de drogas a álcool até um relacionamento turbulento e mal resolvido com o próprio pai. 

Sua salvaguarda se tornou a cantora June Carter, com quem foi casado e com quem viveu até sua morte. Essa história é contada no filme de 2008 Walk The Line, com Reese Witherspoon no papel de June e Joaquim Phoenix no papel de Johnny. O filme fala ainda da infância de Johnny, sua trajetória paralela à de June, a vida no rock'n'roll e sua luta pessoal e musical. E uma curiosidade: os verdadeiros Johnny e June acompanharam toda a produção do filme, antes de morrerem, com poucos meses de diferença. 

Porque assistir: além de poder conhecer as parcerias musicais de Johnny e June, vemos de relance alguns artistas muito legais da época, como Jerry Lee Lewis e Elvis Presley. Joaquim Phoenix é outro que entrou de verdade no personagem. Sua interpretação do Man in Black é impressionante. 



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